O uso do pronome “cujo” é
determinado por aspectos específicos
O uso do pronome cujo, semelhantemente a
tantos outros assuntos ligados à gramática, encontra-se submetido a regras
específicas. Há de se convir que em se tratando da oralidade ele não é um
pronome assim tão recorrente; mas quanto
à escrita o seu uso é notório. Daí a importância de você estar ciente das
suas particularidades, de modo a exercer sua competência linguística de forma
efetiva.
Partindo desse princípio e tendo a
consciência de que se trata de um pronome relativo variável, analisaremos tais
particularidades, estando elas demarcadas por alguns aspectos, entre os quais:
* Tal termo somente é utilizado no sentido
de posse, fazendo
referência ao termo antecedente e ao substantivo subsequente. Observe:
O garoto cujo pai esteve aqui...
A
enunciação diz respeito ao pai do garoto, expresso antes.
* Não se usa artigo definido entre o pronome
ora em discussão (cujo) e o substantivo subsequente.
Voltemos ao exemplo
anterior:
O garoto cujo (o) pai esteve
aqui (situação inadequada)
O garoto cujo pai esteve aqui...
(forma conveniente)
* O pronome deve aparecer antecedido de
preposição sempre que a regência dos termos posteriores exigirem.
Vejamos:
Aquela é a família de cuja
casa todos gostam.
Analisando a regência do verbo gostar,
constata-se que ele se classifica como transitivo
indireto, requerendo, pois, o uso da
preposição.
Esta é a professora em cuja
experiência todos acreditam.
Acreditamos
em
alguma coisa; logo, todos acreditam na experiência da professora.
Eis a amiga com cujas atitudes
não concordamos.
Ao concordarmos, concordamos com algo, ou seja, não
concordamos com as atitudes da amiga.
Tratando-se,
sobretudo, dos casos relacionados à regência, alguns “soam” de forma estranha.
Contudo, é preciso passar por cima desse aspecto, optando pelo seu correto uso,
sempre que assim se fizer necessário.
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