●Arte:
representação do Belo (p.05)
●Na Antiguidade: harmonia e proporção entre
as formas (modelo de perfeição);
●No século XIX: O Romantismo adota o sentimento,
a imaginação e a emoção como fórmula da criação artística;
●No século XX em diante: deixa de ser apenas
representação do Belo e passa a expressar também o movimento, a luz, o cromatismo
ou a interpretação geométrica das formas existentes. Na Psicologia, pôde até representar
o inconsciente humano. Assim, a arte pode ser entendida como permanente recriação
de uma linguagem. Pode ser uma provocação, espaço de reflexão e de interrogação
(relação entre o observador e o objeto observado).
●Arte: reflexo do artista (ideologia/idiossincrasia
– ideais, modo de ver e compreender o mundo); (p.06)
●Obra: expressão da época, da cultura (processo
histórico / diacrônico)
OS AGENTES
DA PRODUÇÃO ARTÍSTICA (P.07)
●Contexto de produção
(Condições de Produção) – pistas sobre seu significado
e intenções de seu produtor / enunciador, intencionalidade literária / artística
/ discursiva;
●Escolhas que realiza:
indícios reveladores do contexto de uma dada “realidade”;
●O artista promove um diálogo com seus contemporâneos
e lhes propõe uma reflexão sobre o contexto em
que estão inseridos;
●Toda obra de arte interage com um público, o interlocutor.
Este “participa” da construção dos sentidos expressos na obra.
●Toda obra se manifesta em determinada linguagem com estrutura própria.
●Agentes de criação: o artista (tem função
social / representa o social), o contexto social, o público-alvo, a linguagem, a
estrutura e o contexto de circulação revelam muito de uma obra de arte.
O QUE É
LITERATURA?
●A arte
que utiliza a palavra como matéria-prima de suas criações é chamada de
literatura. Ela existe há milênios. Entretanto, sua natureza e suas funções
(papel que a literatura desempenha nas sociedades) continuam objeto de
discussão principalmente para os artistas, seus criadores. (p.09)
●O homem, como ser histórico, tem anseios,
necessidades e valores que se modificam constantemente. Suas criações ‒ entre elas
a literatura ‒ refletem seu modo de ver e de estar no mundo. Assim, ao longo da
história, a literatura foi concebida de diferentes maneiras. Mesmo os limites entre
o que é e o que não é literatura variaram com o tempo. Vejamos algumas funções do
texto literário: (p.910)
●A literatura nos faz sonhar (descanso para
os problemas cotidianos, espaço de sonho e fantasia)
●A literatura provoca reflexões (responde
a perguntas que inquietam o Homem);
●A literatura diverte (crônicas, por exemplo);
●A literatura é a construção de nossa identidade
(história coletiva /social / nacional);
●A literatura nos “ensina a viver” (humanização
do homem);
●A literatura denuncia a realidade (valorização
dos direitos humanos).
●Literatura
e engajamento político (consciência política)
LITERATURA E REALIDADE
As
obras literárias, ao utilizar a palavra, recriam a realidade, a vida. Essa definição
focaliza dois aspectos opostos, mas complementares, da arte literária: criação
e representação. Por um lado ela é invenção.
O autor/ artista/ enunciador cria uma realidade imaginária, fictícia, verossímil.
Mas o universo da ficção mantém relações vivas com o mundo real. Nesse sentido,
a literatura é imitação da realidade. (p.11)
Frequentemente
os autores utilizam fatos de suas vidas como matéria de literatura. São as chamadas
confessionais.
Mesmo nesses casos, não devemos entender os textos como simples biografias. Os fatos
pessoais são apenas parte da matéria literária, o ponto de partida. Entre o que
o autor viveu ou sentiu e a obra existem todas as mediações da invenção, da imaginação.
Há, sobretudo, o trabalho criativo com a palavra, que pode ser em versos ou em prosa.
PARA QUE SERVE
A ARTE?
PARA QUE SERVE
A LITERATURA?
Variam com o tempo e com as pessoas para se responder
a essas perguntas. Evidentemente, a função de uma obra literária depende dos objetivos
e das intenções do autor. Mas os leitores também têm maneiras diferentes de ler
e são levados a abrir um livro por motivos diferentes. Alguns buscam na literatura
apenas um divertimento sem grandes conseqüências para a vida; outros, um instrumento
de transformação e de aperfeiçoamento. Já outros esperam que seja um veículo de
análise e de crítica em relação à sociedade e à vida. A literatura é uma arte verbal,
isto é, seu meio de expressão é apalavra, mas esta não é privilégio do escritor, pois ela serve
como forma de expressão para todas as pessoas. No entanto, há uma diferença entre
a linguagem literária e a linguagem usada na comunicação diária. Essa diferença
reside no trabalho criativo do escritor durante a elaboração de seus textos, na
sua capacidade de criar mensagens que podem ser lidas ou interpretadas de diferentes
modos, conforme o nível de leitura do leitor, não podendo esquecer que a leitura
é um processo ativo de atribuição de sentido a um texto.
Conotação (sentido
conotativo ou figurado): É quando as palavras não são empregadas no sentido costumeiro,
mas, ao contrário, fazem o leitor parar e refletir, despertando nele outras ideias.
O uso literário das palavras promove a multiplicação dos sentidos e, assim, permite
que o texto sofra diferentes leituras e interpretações. O uso conotativo da linguagem
faz com que as palavras ganhem novos / diferentes significados (Plurissignificação)
e produzam interessantes efeitos
de sentido.
Denotação
(sentido denotativo ou literal): É quando
queremos deixar bem claro a mensagem, tal como vem registrado nos dicionários.
●Texto literário:
predomina a função poética, pois apresenta
a linguagem centrada nas emoções do observador e a preocupação intencional com o
modo de expressá–la.
As
características mais evidentes de um texto
escrito em prosa
são a
organização linear e a sua divisão em parágrafos
‒ enunciados de sentido completo compostos
de frases, orações e períodos.
Já
o poema é a forma de linguagem
organizada em versos
‒ cada
uma das linhas do poema e ‒ em
estrofes um conjunto de versos. ‒ Poesia,
além de se referir à arte poética, é o nome que se dá ao conjunto da produção em
versos de um poeta. Mais do que forma, poesia significa um contexto rico de encanto,
de emotividade.
O TEXTO LITERÁRIO APRESENTA:
Ficcionalidade:
os textos não fazem, necessariamente, parte da realidade.
Função estética:
o artista procura representar a realidade a partir da sua visão (subjetiva).
Plurissignificação:
nos textos literários as palavras assumem diferentes significados.
Intertextualidade:
um autor faz referência a outro (a outros)
texto(s), com o objetivo de apoiar o que já foi dito ou de dizer algo totalmente
diferente, de criticar um ponto de vista, uma visão de mundo. Inclui os textos verbais
e não verbais e pode ser explícita ou implícita.
Polifonia:
os textos são essencialmente polifônicos,
isto é, são atravessados por uma multiplicidade de vozes: uma voz privilegiada,
a do locutor principal, que vai incorporando outras, quando temos citações diretas
e indiretas, individuais e coletivas.
Subjetividade:
expressão pessoal de experiências, emoções e sentimento.
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