domingo, 19 de maio de 2013

Linguagem Verbal e Linguagem Não-Verbal

A Comunicação Verbal e não-verbal


A Comunicação é entendida como a transmissão de estímulos e respostas provocadas, através de um sistema completo ou parcialmente compartilhado. É todo o processo de transmissão e de troca de mensagens entre seres humanos.

Esquema da Comunicação


Contexto
Emissor Mensagem Receptor

Contacto

Código


O que é linguagem? É o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas. Agora, a linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e imagens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita, não é verdade?
Então, a linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a analogia ao verbo. Você já tentou se pronunciar sem utilizar o verbo? Se não, tente, e verá que é impossível se ter algo fundamentado e coerente! Assim, a linguagem verbal é que se utiliza de palavras quando se fala ou quando se escreve.

A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não se utiliza do vocábulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.
Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou televisionado, um bilhete? Linguagem verbal!
Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito? Linguagem não verbal!
A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e anúncios publicitários.

Observe alguns exemplos:

Soneto de Fidelidade
"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
(Até um dia meu anjo)"


O Soneto de Fidelidade de Vinícius de Morais corresponde a um belo exemplo de linguagem verbal, através de palavras.


 
A pintura de Tarsila de Amaral é um exemplo de linguagem não-verbal dentro da pintura. Para cada pessoa será uma mensagem.

 
Cartão vermelho – denúncia de falta grave no futebol.


 
Charge do autor Tacho – exemplo de linguagem verbal (óxente, polo norte   2100) e não verbal (imagem: sol, cactus, pinguim).


 
Placas de trânsito – à frente “proibido andar de bicicleta”, atrás “quebra-molas”.
 


  O semáforo é um exemplo de linguagem não-verbal. Um objeto capaz de interferir na vida do ser humano de forma tão extraordinária, onde o sentido das cores comanda o trânsito.
 





 Na história em quadrinhos de Maurício de Sousa fica bem claro como pode ocorrer ao mesmo tempo linguagem verbal e não-verbal, chamada de linguagem mista. Tem palavras e figuras.
 
 
 
A foto mostra uma mímica, através da feição do protagonista tem um significado, uma mensagem. Aqui ocorre linguagem não-verbal.


Conclusão: na interacção pessoal, tanto os elementos verbais como os não-verbais são importantes para que o processo de comunicação seja eficiente.

NÍVEIS DE LINGUAGEM

       A linguagem é qualquer conjunto de sinais que nos permite realizar atos de comunicação. Dependendo dos sinais escolhidos, teremos uma comunicação verbal visual, auditiva, etc.
A linguagem que mais utilizamos para praticar atos de comunicação é a língua, que é um conjunto de palavras e regras para a combinação dessas palavras, utilizado pelos membros de uma comunidade.
Dá-se o nome de fala à utilização que cada membro da comunidade faz da língua, tanto na forma oral quanto na escrita. A forma oral se caracteriza por maior espontaneidade do que a forma escrita. Dessa forma, em decorrência do caráter individual da fala, pode-se observar que ela possui vários níveis, segue abaixo os mais utilizados:

Formal (culto): é o nível de fala utilizado pelas pessoas cultas, em situações formais. Caracteriza-se por um cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às regras estabelecidas. Observe o exemplo abaixo:
“Depois da campanha mais disputada e volátil dos últimos tempos, os resultados parciais de apuração e as projeções dão a vitória ao democrata Bill Clinton nas eleições à presidência dos Estados Unidos, realizadas ontem.”
 
Informal (coloquial/popular): é a fala que a maioria das pessoas utiliza no seu dia-dia, sobretudo nas situações mais formais. Caracteriza-se pela espontaneidade, pois não existe uma preocupação com as normas estabelecidas pela comunidade lingüística. Observe o exemplo abaixo:
“Sei lá! Acho que tudo vai ficar legal. Pra que então ficar esquentando tanto? Me parece que as coisas no fim sempre dão certo.”
Técnico (profissional): é a fala que alguns profissionais (advogados, economistas, etc.) utilizam no exercício de suas atividades profissionais. Observe o exemplo abaixo:
“Vamos direto ao assunto: interface gráfica ou não, muitas vezes, é preciso trabalhar com o prompt do DOS, sendo aborrecedor esforçar-se na redigitação de subdiretórios longos ou comandos mal digitados.”
Revista PC World, ago/1992. p. 98.

Literário (artístico): é a utilização da língua como finalidade expressiva, como a que é feita pelos artistas da palavra poetas e romancista. Observe o exemplo abaixo:
“O céu jogava tinas de água sobre o noturno que me devolvia a São Paulo. O comboio brecou, lento, para as ruas molhadas, furou a gare suntuosa e me jogou nos óculos menineiros de um grupo negro.
Sentaram-me num automóvel de pêsames.”
(Memórias Sentimentais de João Miramar. 
Oswald de Andrade)


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