O CÓDIGO, A LÍNGUA, AS VARIEDADES
LINGUÍSTICAS,
DIALETOS E REGISTROS
O CÓDIGO
Na
reportagem, o escritor interage com o leitor fazendo uso da língua portuguesa.
A língua portuguesa é um CÓDIGO VERBAL. Código é uma convenção, estabelecida
por um grupo de pessoas ou por toda a comunidade, que permite a construção e a
transmissão de mensagens. Além da palavra, oral e escrita, também são códigos
os sinais de trânsito, os símbolos, o código Morse, as buzinas dos automóveis,
etc.
CÓDIGO é um conjunto
de sinais convencionados socialmente para a construção e a transmissão de
mensagens.
Os
códigos são muito utilizados quando há necessidade de informar e comunicar com
rapidez. Por essa razão é comum haver códigos na rua, no trânsito, rodoviárias,
aeroportos, etc.
A LÍNGUA
A língua portuguesa é o código mais utilizado por nós, brasileiros, nas
situações de comunicação e interação social. Por isso, quanto maior for o
domínio que temos da língua, maiores são as possibilidades de nos comunicarmos
com eficiência. Dominar Bem uma língua não é apenas conhecer seu vocabulário. É
também necessário conhecer e dominar suas leis combinatórias. Podemos, por
exemplo, conhecer cada palavra desse enunciado:
“Aumento segunda-feira na tem novo próxima gasolina.”
Porém, ele nada significa para nós, porque não foram respeitadas as leis
de combinação das palavras. Observe como o enunciado ganha sentido, se
combinarmos as palavras desta forma:
“Gasolina tem novo aumento na próxima segunda-feira.”
Assim, LÍNGUA é um código formado
por signos (palavras) e leis combinatórias por meio do qual as pessoas se
comunicam e interagem entre si.
Ela pertence a todos os membros de uma comunidade, os falantes; por
isso, faz parte do patrimônio social e cultural de cada coletividade. Temos
então uma generalização: há um código que todo falante da língua conhece e
utiliza... Ao mesmo tempo, as formas de se utilizar tal código são variáveis,
conforme aspectos sociais, regionais, de gêneros, individuais... a fala e a
escrita, portanto, são usos individuais da língua.
TODA LÍNGUA É UM CÓDIGO, MAS NEM
TODO CÓDIGO É UMA LÍNGUA.
AS VARIEDADES
LINGUÍSTICAS
Cada um de nós começa a aprender a
língua em casa, em contato com a família e com as pessoas que nos cercam. Aos
poucos vamos treinando nosso aparelho fonador (os lábios, a língua, os dentes,
os maxilares, as cordas vocais) para produzir sons, que se transformam em
palavras, em frases e em textos inteiros. E vamos nos apropriando do
vocabulário e das leis combinatórias da língua, até nos tornarmos bons usuários
dela, seja para falar ou ouvir, seja para escrever ou ler.
Em contato com outras pessoas, na
rua, na escola, no trabalho, observamos que nem todos falam como nós. Isso
ocorre por diferentes razões: porque a pessoa vem de outra região; por ser mais
velha ou mais jovem; por possuir maior ou menor grau de escolaridade; por
pertencer a grupo ou classe social diferente. Essas diferenças no uso da língua
constituem as variedades linguísticas.
Variedades linguísticas são as
variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais,
culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
Entre as variedades da língua, a que tem mais prestígio é a variedade padrão.Também conhecida como língua padrão ou norma culta, essa
variedade é utilizada na maior parte dos livros, jornais e revistas, em alguns
programas de televisão, nos livros científicos e didáticos, e é ensinada na
escola. As demais variedades linguísticas – como a regional, a gíria, o jargão
de grupos ou profissões – são chamadas genericamente de variedades não padrão.
DIALETOS E REGISTROS
Há dois tipos básicos de
variação lingüística: os dialetos e os registros. Os dialetos são variedades
originadas das diferenças de região ou território, de idade, de sexo, de
classes ou grupos sociais, e da própria evolução histórica da língua.
As variações de formalismo
ocorrem de acordo como grau de formalismo existente na situação; com o modo de
expressão, isto é, se se trata de um registro oral ou escrito; com a sintonia
entre os interlocutores, que envolve aspectos como graus de cortesia,
tecnicidade (domínio do vocabulário específico de algum setor), etc.
Observe as diferenças que
geralmente existem entre as modalidades falada e escrita da
língua:
Fala:
1. não planejada
2. fragmentária
3. incompleta
4. pouco elaborada
5. predominância de
frases curtas, simples ou coordenadas
6. pouco uso de
passivas
Escrita:
1. planejada
2. não fragmentária
3. completa
4. elaborada
5. predominância de
frases complexas, com subordinação abundante
6. emprego freqüente
de passivas
Obras Consultadas:
CEREJA, William Roberto;
MAGALHÃES, Thereza C. PORTUGUÊS:
LINGUAGENS 1. São Paulo: Atual, 2005.
Prova Amarela Enem 2010.
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