quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A DESCOBERTA DA FELICIDADE


Eu estava no ponto de ônibus com meus próprios pensamentos. Era uma noite muito fria e minha única companheira era a solidão. De repente eu vejo um rapaz alto, forte e moreno caminhando em minha direção. Meu coração bateu acelerado e comecei a tremer. Tinha outras pessoas no ponto de ônibus, mas se aquele homem grandão fosse um assaltante ninguém poderia fazer nada.
- Que horas são? – soou uma voz do meu lado.
Virei e dei de cara com o rapaz. Ele tinha olhos incrivelmente verdes e ficamos nos encarando por alguns minutos. Ele repetiu a pergunta:
- E então? Você pode me dizer que horas são? Eu preciso saber a que horas passa o ônibus que eu vou pegar.
- Ah, desculpe. Eu estava nervosa.
Falei o horário e ele continuou me olhando. Eu me arrepiei de medo. Ele percebeu e falou calmamente:
- Você está com medo? Olha, não precisa ter medo de mim. Eu sou apenas um homem sozinho nessa imensa cidade e preciso de companhia.
Eu sorri para ele e começamos a conversar. O nome dele era Bruno e ele era estudante de publicidade. Acabamos perdendo o ônibus e ele me convidou para caminhar um pouco. Eu perdi o medo e caminhamos de mãos dadas e calados. Não havia necessidade de palavras e sim de sentimentos. Paramos num jardim e sentamos. Só aí ele falou:
- Sabe Laura, quando vi você, senti algo estranho e notei seu medo. Eu poderia pedir informação pra qualquer pessoa, mas alguma coisa me fez perguntar justo a você.
Voltamos ao ponto de ônibus e ele me olhou tristemente. Estava na hora de nos separar. Ele me abraçou ternamente e pediu meu endereço. Nós trocamos os endereços e nos despedimos. Fui para casa com um ar diferente, alguma coisa havia mudado. Eu vivia sozinha, não tinha amigos e encontrei alguém que preencheu esse vazio.
Hoje, dois meses depois do nosso primeiro encontro, vejo que a vida nos dá muitas chances para sermos felizes e devemos aproveitá-las. O Bruno e eu estamos apaixonados, namorando sério e pensando em casamento. Descobri a felicidade amando o Bruno e sou feliz porque amo e sou amada.
(Luzaine Alves Coelho, 13 anos, 8ª C - 27/05/96)

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