quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

SOZINHA NO MUNDO


Sinto-me solitária e triste.
Não conheço a amizade e nunca ouvi falar dela. Recorro à imaginação.
Sem conversar, sem brincar, não há quem aguente.

No orfanato é sempre uma rotina.
Uma tremenda solidão.
Meu coração é puro e bem pequenino.

Acho que não há a participação da alegria na minha vida.
Ah! O dia em que minha mãe veio me visitar senti uma tremenda alegria. Meu coração batia e eu abria os meus braços e a abraçava. Depois desse dia não tive mais notícias.
A tristeza tomou conta do meu ser.

As meninas não gostam de conversar comigo, pois só sei falar desse sentimento.
Acho que estou acostumada.
Às vezes largo-me a chorar.
Ser uma pessoa triste é muito chato.
Dar vontade de chorar. Sem ter amigos para compartilhar o dia-a-dia...
Ai! Que agonia! Ai! Que melancolia!
Seria como se eu estivesse numa estrada, andando, andando e não encontrasse ninguém. O único  jeito era deitar e dormir eternamente. Sozinha no mundo não é pra ninguém.
(Denise Araújo Cunha, 8ª C - 08/04/96)

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