quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O DESAPARECIMENTO


No início, estava chorando, mas agora estou sorrindo. Chorava por causa do meu filhinho de três anos que havia desaparecido. Tudo começou quando deixei meu filho observando os macaquinhos, enquanto eu ia comprar pipocas. Quando voltei ele não estava, corri e olhei tudo em volta, mas não o encontrava. O jardim Zoológico estava muito cheio e precisava de outra pessoa para me ajudar. Então, telefonei pro meu marido e expliquei tudo o que havia acontecido.
Estava muito nervosa, caminhava de um lado para o outro, na entrada do jardim Zoológico, à espera do meu marido. Depois de meia hora meu marido chegou e, juntamente com ele, a viatura da polícia.
Fomos correndo para o local. Abracei meu marido e comecei a chorar, sentia-me culpada. Alguns policiais estavam procurando meu filho no jardim inteiro e outros ficaram ao redor de mim e do meu marido.
Já se passavam duas horas, quando os policiais surgiram de lá sem meu filhinho. Eles falaram que procuraram por toda parte, mas não encontraram nenhum rostinho de três anos. Eu e meu marido estávamos muito preocupados e desanimados, saímos do meio daquela multidão tumultuante e logo avistamos um rapaz com meu filhinho no colo. Ele colocou meu filho no chão e meu filhinho veio correndo e deu um forte abraço em mim e no seu pai.
Convidamos o rapaz para um passeio e compartilhamos o momento de felicidade. No meu rosto, encontrava-se, estampado, um lindo sorriso.
(Denise Araújo Cunha, 8ª C, 1996)

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