Estou muito
feliz, agora, agarrada ao meu filho e ao meu marido. Antes, estava desesperada. Tudo começou quando eu e meu marido chegamos do trabalho e vimos uma multidão
na frente da minha casa e vários policiais. O meu coração acelerou e eu pensei
logo que tinha acontecido alguma coisa ao meu filho.
O Joel foi
perguntar aos policias o que havia acontecido e eu fiquei parada, parecia que a
minha vida tinha acabado, um pedaço de mim estava sendo arrancado e dentro de
mim estava um vazio sem fim.
Quando vi o
Joel se aproximar, muito triste, fazendo força pra não chorar para não me deixar
mais preocupada, perguntei pra ele o que tinha acontecido com o Lucas. Ele
me contou que houve um assalto, que os vizinhos ouviram gritos de uma criança
e chamaram a polícia, mas, quando os policiais chegaram, os assaltantes já tinham
fugido e levado o Lucas como refém.
O meu
marido me abraçou forte e me pediu calma, mas não era fácil ter calma naquele
momento, porque o meu filho poderia estar sofrendo e eu não podia fazer nada.
A noite
parecia não querer passar. Fiquei a noite toda acordada, pois eu não queria
que o meu filho chegasse e me encontrasse dormindo. O Joel insistiu para eu
tomar um calmante, mas não quis.
Estava
desanimada, sem esperanças, quando o meu marido me falou que um policial
telefonou e disse que os assaltantes foram presos e que ele estava levando o
meu filho.
Não demorou
muito e o meu filho chegou. Chorei de alegria e abracei o Lucas e o meu
marido com muito amor, pois eles são as pérolas mais preciosas da minha vida. (Nelba Reis Souza, 16 /06 /96 )
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