Era uma
noite fria de inverno, chovia e as ruas estavam desertas. De repente, de uma das
casas sai um homem estranho. Estava com agasalhos grossos e usava um chapéu que
cobria o rosto. Andava apressadamente pela calçada, chegou em uma casa, bateu
e abriu a porta, procurando não fazer barulho. Encontrou dois homens sentados:
um, era velho e mal-humorado; o outro, era jovem, forte e mal-encarado.
Conversaram baixo. O visitante pegou uma seringa e um pacote e saiu sem olhar
para trás. Ele estava desconfiado e andava rápido outra vez. Tomou outro
caminho, passando por um beco mal-iluminado. Então, ele chegou à casa de onde
havia saído, olhou para os dois lados e entrou com uma expressão preocupada.
Deixou o chapéu na sala e subiu as escadas com o embrulho na mão. Entrou em um
dos quartos e fechou a porta sem fazer barulho. Olhou, então, para a velha
deitada na cama, voltou-se para a enfermeira e disse:
- Aqui está
o remédio que fui buscar na casa do dono da farmácia. Pode aplicar a injeção em
mamãe.
(Luzaine Alves Coelho, 8ª C,
22/07/96)
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